BACURAU E AS FRONTEIRAS DA VIDA E DA MORTE: ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA NECROPOLÍTICA, BIOPOLÍTICA E BIOPODER
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14618090Palavras-chave:
Necropolítica, Biopolítica, Biopoder, Bacurau, BrasilResumo
Este trabalho investiga como o filme Bacurau (2019) exemplifica conceitos de necropolítica, biopolítica e biopoder, destacando práticas de controle e exclusão social. A partir das teorias de Achille Mbembe, Michel Foucault e Giorgio Agamben, o estudo demonstra como o Estado define quais vidas são dignas de proteção e quais podem ser descartadas. O enredo revela o abandono estatal e o uso de políticas racistas e violentas, intensificando as desigualdades sociais enraizadas na história colonial brasileira. A análise, conduzida por meio de uma revisão bibliográfica envolveu buscas em bases de dados como Google Acadêmico, SciELO e CAPES. A pesquisa revela que o filme reflete as estratégias de dominação por meio de discursos hegemônicos e violência simbólica, criando inimigos fictícios e perpetuando o controle sobre populações marginalizadas. Conclui-se que a justiça deve promover igualdade e acesso a direitos para todos, independentemente de raça, classe social ou orientação política, como caminho para uma cidadania plena e inclusiva.